Quando o assunto se refere aos seres humanos é preciso ter cuidado redobrado para usar as palavras certas de modo a permitir uma reflexão positiva ao invés de um debate improdutivo. Isto porque cada indivíduo percebeu que tem uma opinião, não só a respeito de si mesmo, como também a respeito dos outros e da sociedade em que vive. O fato, porém, é que há pouco ESTUDO para isso, mas muita “informação” rasa a embasar essas opiniões. A terapia alternativa tem seu ponto de vista, já que trabalha com saúde mental.
O que é fácil de perceber é uma notável indisposição entre homens e mulheres. Onde havia espaços e assuntos para o encontro fraterno, começou a existir um mal estar e uma disputa entre o EU de cada um. A individualidade começou a ser prioridade. Cada qual começou a se bastar a si mesmo. O outro passou a ser “pensado” como um COISA que deve ser ajustada aos próprios interesses, ou seja, me serve ou não, atende aos meus critérios ou não, passando a ter prazo de validade, sendo descartado ao final de determinado momento.
Tudo isso levou ao nível das considerações RACIONAIS, a critérios materiais, matemáticos, lógicos, fugindo daquele envolvimento de aproximação que gerava empatia. Perdeu-se a complementaridade entre os gêneros. Virou briga.
Com os homens, em especial, há que se procurar quais as circunstâncias históricas e culturais que fizeram com que haja a percepção de que não são adultos saudáveis, continuando a ser crianças ainda que tenham idade considerável.
Certamente que aqui nesta publicação não se esgotará todas as linhas de abordagem sobre o assunto, contudo será com a visão da terapia alternativa dentro da visão das dinâmicas dos sistemas familiares. Educação e respeito sempre fizeram parte da educação das crianças em qualquer família.
RESPONSABILIDADE é a palavra chave para este momento. Para o universo masculino havia – e ainda deve haver – uma dinâmica de vida – natural até – que ia desde o primeiro trabalho (com o salário representativo deste esforço) até o casamento (com construção da casa da família e filhos). Simples assim, essa a vida do homem. Naturalmente assim.
Voltando um pouco o que acima escrevi, o EU passou a ser prioridade. Certamente que isso afetou o homem também, já que aquela natural disponibilidade para acolher a mulher com o casamento e prover o sustento da família começou paulatinamente a perder o significado para o EU para mim MESMO. Para a mulher, neste detalhe, ela ainda deseja tudo isso do homem, ou seja, ser acolhida em um casamento. Contudo ela também ELEGEU prioridades para o seu EU que foi ser independente financeiramente antes de se casar. Para os dois escolhas e consequências. Para ambos, SOLIDÃO.
Com o passar das gerações o trabalho começou a vir mais tarde – para os que conseguem, na atualidade – e isso foi adiando a saída do homem da casa dos pais. É preciso ficar bem claro, o trabalho e a estabilidade financeira DEFINEM o que é o Homem. É próprio dele ser acolhedor, protetor e provedor. É essência do masculino. Sem isso sua masculinidade se fragiliza. Ele definha.
Por isso é que quando falta uma destas coisas não pode ser considerado um homem adulto. Via de consequência, continua a ser uma “criança” mesmo que já tenha idade suficiente para ser visto como pessoa adulta.
Esta uma das abordagens da terapia alternativa para a compreensão do momento pelo qual passa o homem atual. Outras visões estão sendo trabalhadas para RESGATAR o homem deste FUNDO DE POÇO no qual se encontra, pois não consegue SER HOMEM.
A terapia alternativa possui capacidade suficiente para fazer com que homens e mulheres consigam estabelecer um relacionamento construtivo, contudo é preciso que o homem assuma o seu papel e sua função masculina.