Viver no limite da borda, em uma linha divisória entre a neurose e a psicose é uma explicação rápida e simples sobre a bordeline como uma doença emocional. Para um entendimento rápido e simples a neurose é aquele sentir e pensar em coisas esquisitas que perturbam a pessoa, contudo ela mantém os pés firmes na realidade. Por outro lado, quando a pessoa está pensando e agindo fora da realidade já é o caso de psicose. Diante disso, o bordeline é a pessoa que está hora em um, hora em outro, oscilando dentro desta dinâmica, ou seja, dentro deste limite confuso.
Neste caso a terapia alternativa começa a trabalhar, com a cliente, a verificação da dinâmica dos seus pais para ver se eles tinham uma relação adulta entre eles ou uma divisão do casal. Sendo o caso de divisão entre eles, ocorreu o reflexo disso na cliente que se encontra dividida em seu interior.
O que se trabalha é procurar o sentido do limite que lhe foi passado pelo pai, eis que função paterna estabelecer tal limite. Aliás todo adulto precisa ter por si mesmo e a pra si essa função paterna de modo a saber quais são os seus limites e como respeitá-los. É que limite, repita-se, é ajustado pelo pai (enquanto a função da mãe é o amor).
Quando a terapia alternativa propõe a observação dentro do sistema familiar, o faz com base nas informações trazidas pela cliente de sua fase de criança – desde o tempo em que foi gestada até a idade de seis anos. Isto porque é neste período que a criança é formada em seu emocional relacional com a família, iniciando com a mãe, ao depois com o pai e irmãos, mas sobretudo na relação pai/mãe é onde se localizam as raízes de quase todos os problemas da vida.
O fato é que, uma vez adulta, certas questões que aparecem, neste caso o bordeline, são gatilhos emocionais que remontam a certo momento da infância que precisa ser descoberto, elaborado, tratado de modo a permitir uma vida saudável a partir da primeira sessão de terapia alternativa.