Depressão (e ansiedade – como as duas faces de uma mesma moeda) são as doenças da modernidade. Diante das muitas informações, opções de escolhas de compra, diversidade de opiniões, moda, marcas, valores e comportamentos, a mente da pessoa chega mesmo a perder referência de si mesma. E não só isso, mas se instala a pergunta de “quem sou eu afinal”. Quando isso acontece a doença se instala e a busca por soluções vai desde a psiquiatria até as terapias alternativas. Contudo é preciso estar atento ao doente e não à doença. A doença é só um sinal de que é preciso buscar as raízes da doença.
Diante deste quadro a pessoa se perde no emaranhado da modernidade, tende a buscar a resposta onde ela acha que a resposta está, ou seja, no passado, pois lá ela sabia quem era; uma criança protegida pelos pais, em um espaço físico chamado casa, com pessoas que sabia identificar como família, uma cidade, um bairro, uma comunidade, enfim ELA PERTENCIA A ALGUMA COISA.
Assim, quando a pessoa diz estar deprimida é preciso perceber o conteúdo do que está dizendo e no quanto há alguma relação com o passado. Geralmente a narrativa é nostálgica, recheada de lembranças do passado. A pessoa só fala de que no passado, sim, é que era feliz e o quanto tudo era bom. Ela “quer ficar lá” e isso é o sintoma da depressão. Deste modo e com esta percepção, ela tende a desejar e querer estar lá e não no presente.
Tendo em vista que a vida é vivida no hoje, pois não há mais como viver no ontem, bem como ainda não no amanhã a busca pelo passado é chamada depressão.
Além disso, e bem importante, é que se instala um processo de raiva, geralmente em relação a uma pessoa que se ama, e então como é possível sentir raiva da pessoa que se ama? E ao engolir a raiva essa vai consumindo e destruindo a pessoa, o que é a raiz da depressão. O detalhe de tudo isso é que se instala um processo doentio do AMO a pessoa, mas ODEIO o que ela faz. A dinâmica de raiva contra alguém que se ama, cuja base está no passado. E ao final, joga a raiva em si mesma, se culpa, se destrói e se pune.
A terapia alternativa, como é focada na pessoa, com seus métodos de diagnóstico oferece mecanismos de resgate desta pessoa, consistindo em “trazer” a cliente do passado para que se posicione no hoje, com suas escolhas e consequências. E em especial LIBERTAR a pessoa deste ódio de modo a poder somente AMAR aquela pessoa que serviu de raiz do processo de depressão.