Quando o assunto é maternidade convém lembrar que, neste caso, estamos sob o olhar da terapia alternativa, dentro da saúde mental, já que há diferença entre o exercício e a experiência da maternidade. O exercício é o dia a dia da mãe com a gravidez, o bebê, a criança – as fases da vida do filho(a). O assunto aqui é, em especial, a experiência da maternidade porque se refere ao mais íntimo da mulher, quer seja no seu físico, quer seja no seu emocional, com o que sua saúde mental.
Para começar é necessário um entendimento sobre a ADOÇÃO EMOCIONAL DO FILHO. Isto porque a GESTAÇÃO É COMPLETUDE. Por primeiro interessante mencionar que a completude faz referência à experiência de sexualidade, lembrando que essa é muito mais que o ato sexual em si mesmo. Sexualidade é parte da libido que move o ser humano para a sua existência enquanto pessoa – mulher ou homem – em direção ao mundo adulto, separando-a da família de origem. Depois ela é força de atração para o diferente (o outro) com quem se casa para constituir família. E, finalmente, faz com que o casal tenha a capaciade de procriação, ou seja, a potência para gerar descendência.
Já a experiência da maternidade – nesta publicação em especial – está relacionada ao pós gestação, quando então pode ocorrer da MULHER não se achar mais em sua sexualidade somado a um sentimento de CULPA. Com relação a culpa, pode ocorrer por não sentir mais desejo, o que não se refere ao “QUERER FAZER”. Pode até mesmo haver uma “discordância” com o marido neste ponto, ou seja, a interpretação de que “ele não quer tanto quanto eu”.
O detalhe disto, em especial, é que essa maneira dela se expressar tem MAIS A VER com sua necessidade feminina de BUSCAR ser desejada novamente do que com o desejo do marido por si mesmo.
É aí que entra a terapia alternativa porque isso é específico de sua área de trabalho, pois este assunto é do íntimo da mulher em seu feminino. Nestas condições, a mulher tende a passar por situações AS QUAIS PODE NÃO SE RECUPERAR, como ENGORDAR, PERDER O CORPO, QUERER LOGO UM SEGUNDO FILHO (como motivação para o que está vivenciando).
Durante as sessões de terapia – convido a leitura das matérias anteriores- haverá a necessidade de pesquisar os sistemas familiares desta mulher, desde sua infância, incluido a relação com o feminino de sua família (ancestralidade inclusive) pois É NO PASSADO dela que estão as respostas.
Por isso que a terapia alternativa – saúde mental – deve ser indicada para a NOIVA, a MULHER RECÉM CASADA – em especial para o PÓS PARTO quando ocorrer esta disfunção, para que seja avaliada sua compreensão de maternidade, tanto na experiência quanto ao exercício de modo a que tudo transcorra normalmente em ambas as situações.
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