Desamparo aprendido: a falta que ainda faz falta.

Uma das questões que mais incomoda as pessoas é que, embora estejam em contato com outras, pessoalmente no mundo do trabalho, em família ou outros espaços – sem mencionar a conecção pelas mídias – IVARIAVELMENTE se percebem sozinhas. A sensação de desamparo é intensa. Uma grande falta de acolhimento, onde a maioria espera “receber”, e onde poucos tem pra dar (ou sabem como dar). Mas de onde vem este desamparo, essa sensação de que se está sozinha em meio à multidão?

A terapia alternativa, envolvida na preocupação com a saúde mental, vai ao encontro destas pessoas, não só pela dinâmica do acolhimento e escuta, também para encontrar a raíz do problema, apontar soluções e, ao final, ajudar a pessoa e superar tal situação.

É preciso, então, ir mais afundo no que agora discorro. Quando a “COISA” – digamos assim – começa a ocorrer na fase adulta da pessoa, a investigação remete a um tempo bem lá atrás, exatamente quando ainda era uma criança (bebê, em especial). O que acontence no hoje que dispara a sensação de que está desamparada? Parte da resposta está no desfacelamento do conceito de família e ambiente social, onde a manifestação do EU faz a pessoa imaginar que consegue ser TÃO ÚNICA E DIFERENTE QUE NÃO PRECISA DE NINGUÉM. Dentro de casa é bem cada um na sua e fora de casa mais ainda, porque no mundo corporativo só há lugar para vencedores. Em resumo, há um DESEJO de ser UM, ao passo que há a necessidade de relacionamento interpessoal. Um dilema imposto justamente para causar males emocionais. Assunto bem de acordo com a terapia alternativa.

E então o que isso tem a ver com a criança/bebê. Explico: Já não é de hoje que as mães estão no mercado de trabalho. Com isso, nem sempre a gestação é vivida de forma adequada. Ainda assim, como a criança está no ventre, aceitamos a possibilidade de que o feto está acolhido. Por outro lado, não se pode dizer o mesmo quanto ao tempo da amamentação propriamente dito. SENDO BEM OBJETIVO AGORA: Quase que é em tempo integral que o bebê pede – por meio do choro, normalmente – para se atendido em suas demandas, com destaque para a alimentação. Ele quer, e precisa, ser atendido com prontidão em suas necessidades. Quando isso ocorre, ele cria um VÍNCULO afetivo com a mãe que perdura emocionalmente para toda a sua vida, pois se percebeu seguro e AMPARADO. Por outro lado, quando a mãe não está presente, não atende ao que ele necessita, o bebê vai APRENDENDO que não adianta chorar porque não vai receber, e isso também fica registrado. Este o desamparo aprendido.

Assim é que voltamos ao momento presente em que a ADULTA está em meio às pessoas no ambiente de trabalho, com sua família ou até mesmo em relacionamento a dois e POR UMA SITUAÇÃO PONTUAL, PORÉM INTENSA, suas memórias emocionais da infância VOLTAM COM TUDO, fazendo com que SE SINTA desamparada por não receber o que necessita. O fato é que não sabe disso e com a repetição vai aumentando e ampliando o nível da angustia. É adulta com necessidades de criança. Tem que encarar a vida, mas não sabe como reagir a este EMOCIONAL desconhecido.

Aí justamente onde entra a terapia alternativa, ramo da saúde mental, com a SABEDORIA necessária para atender estas demandas da pessoa “adulta” que NECESSITA amadurecer – ajustar as demandas infantis (que não vão desaparecer e nem precisam desaparecer) para compreender de onde surgiram e como POR FIM, saber encarar a VIDA REAL.