Decidir ou não, eis a questão.

A terapia alternativa sistêmica familiar, ramo da sáude mental, está sempre atenta para as questões do comportamento humano que refletem na saúde física e emocional das pessoas. Isto porque, antes mesmo da doença aparecer no corpo, ela está sendo vivida interiormente diante da dinâmica da vida do dia a dia. Toda doença tem uma raíz emocional ligada a um trauma pré existente. Nada ocorre por acaso. É preciso procurar as raízes do problema dentro do sistema familiar e social. Mundo de dentro e de fora.

Neste caso do DECIDIR vou relacionar três detalhes interligados. Decisão, consequência e frustração.

No mundo Adulto as pessoas estão constantemente diante da necessidade de tomar uma decisão, por mais simples que possa parecer, por exemplo: definir que horas vai levantar e se na hora levanta ou não. Enfim, tudo precisa de uma decisão.

Na outra ponta da decisão, estão as consequências, como no exemplo anterior, vem a pergunta: e se eu não levantar?

Deste modo é fácil compreender a lógica de tudo, ou seja, decisões e consequências andam de mãos dadas.

Agora passamos pela a dinâmica da frustração que vem sendo cultivada de modo negativo nas novas gerações, assimilada igualmente pelos adultos e estudada pela terapia alternativa. Essa geração – estigmatizada com a do mimimi – NÃO PODE ser frustrada em nada. Ela precisa ser contemplada em todas as suas exigência no tempo exato que se expressa e de modo totalmente satisfatório. E assim que recebida uma, outra exigência aparece e, sucessivamente, precisam ser satisfeitas. É um saco sem fundos.

O fato é que o adulto está caminhando na mesma dinâmica – permanecendo com comportamentos infantis – de que precisa ser atendido nas decisões que vão ao encontro de seus desejos. Quer ter ou viver sonhos que não podem ser satisfeitos. E quando não consegue por si mesma, ENCARREGA outra pessoa na responsabilidade desta satisfação. A culpa passa a ser do outro. Por fim, na EFETIVA REALIDADE de não conseguir o que deseja a FRUSTRAÇÃO vem como consequência FATAL.

A partir daí, a pessoa começa a não resolver/decidir mais nada para evitar a dor da frustração, procrastinando todo o andamento de sua vida. Podem ocorrer a depressão que é viver no PASSADO onde não precisava tomar decisão e a vida era boa, a ansiedade que é viver no FUTURO onde se pode imaginar que deu certo o desejo, e a doença física que a torna VITIMA precisando se cuidada por alguém.

O fato é que para não se FRUSTRAR a pessoa emocionalmente fraca em sua saúde mental fica DOENTE, dependente de cuidados de teceiros. A doença aparece para resolver todos estes problemas, em resumo, como não precisa decidir, não sofre as consequências e, portanto, não se FRUSTRA.

É neste momento que uma boa terapia alternativa é indicada para solucionar este problema. Ela tem os mecanismos adequados para fazer a pessoa compreender onde estão as raízes do problema. É necessário compreender a existência com significado próprio que não estar no furacão desta vida agitada com o sentido que os outros querem que seja o SEU.