Comer: necessidade X carência.

A terapia alternativa, sendo um dos ramos da saúde mental, sempre tem um olhar para a pessoa e não diretamente para a doença que possa ter. Isto porque por trás da doença há sempre uma dinâmica emocional que disparou um gatilho que fez o corpo adoecer. É sempre assim, procurar as raízes do problema no sistema familiar – na fase da infância – pois neste período de vida é que ficaram registrados os traumas, que precisam ser resolvidos pela pessoa no seu HOJE.

Dito isso, o assunto comer nesta abordagem entre a necessidade e carência nos remete ao momento da criança em suas necessidades básicas de alimentação em relação a sua mãe, desde o útero, passando pela amamentação, desmame e alimentação sólida. Enfim todo o processo alimentício na relação mãe/bebê. E é justamente nesta dinâmica que a criança vai “registrando” e elaborando a relação com a mãe e o alimento neste dar e receber. Pode parecer que no útero não há porque se preocupar, mas pode ocorrer que as atividades da mãe dinimua o fluxo sanguíneo com o que chega pouca comida lá. Do mesmo modo na amamentação pode ocorrer que a mãe não esteja disponivel para os reais momentos da necessidade do bebê. E assim vai durante a vida dos dois, ou seja, saber se houve ou não uma troca saudável e construtiva de AMOR nesta relação.

E voltamos ao título, comemos por necessidade ou comemos “carencias”? A necessidade por si mesma permite escolhas e quantidades suficientes para a satisfação da fome. Simples assim. Já a carência faz com que aja a busca pela comida para preencher um VAZIO.

E que VAZIO é este senão o que ocorreu lá na infância quando a o bebê “esperava” receber o alimento, carinho, atenção, cuidado e NÃO obteve. Ficou o trauma, “fui” abandonado, não recebi.

E trazendo tudo isso para o dia a dia do momento atual da pessoa, imagine quantos momentos ocorrem em que aparece situações que ela NÃO recebe a atenção que julga merecer. Este gatilho remete àqueles momentos lá de trás. E PRECISO MENCIONAR AQUI QUE O CÉREBRO NÃO “USA RELÓGIO” – NÃO TRABALHA COM A DIMENSÃO DO TEMPO NESTAS QUESTÕES EMOCIONAIS. Por isso é que imediatamente dispara a emoção como fosse no momento do fato, gerando a carência que faz a pessoa correr para a comida.

O importante, justamente onde entra a terapia alternativa, é que a comida não PODE E NÃO VAI preencher aquele vazio que ficou na relação com a mãe/alimentante. isso pode gerar obesidade e outros distúrbios alimentares, que descrive em outras postagemn, confira. (https://terapiaalternativamm.com.br/pergunta-frequente/bulimia-anorexia-e-obesidade-estao-de-algum-modo-ligadas-a-fatores-emocionais/).

Por tudo isso que é necessário procurar um profissional da saúde mental, terapia alternativa, para superar estes problemas.