Se há algo que é muito bem definido entre os seres humanos é a distinção entre homens e mulheres, quer na sua constituição física, quer na sua constituição psiquica. O fato é que, por conta desta particularidade, não há como um ENTENDER o outro justamente por causa disso. É preciso compreender isso para o fim de que nas relações de casal possa haver uma complementaridade na diferença. O respeito ao individual que possa resultar no melhor para o NÓS que se forma entre os dois.
A terapia alternarnativa, dentro de sua atribuição de compreender o casal como um sistema – a junção de dois subsistemas – que se forma a partir do casamento tem uma visão voltada para a função esposos, a materna e paterna. E, em especial, sem esquecer que antes disso há nesta relação uma mulher e um homem.
Tudo o que envolve o casal deve estar ligado ao ambiente da casa (lar enquato espaço de aconchego). Voltando no tempo – e bota tempo nisso – para lembrar que a caverna – a casa de hoje – é o lugar do homem, pois é ele que constrói a casa para acolher a mulher e os filhos. Já o tornar este lugar um efetivo espaço de acolhimento e bem estar cabe à mulher.
E qual o segredo para a construção da felicidade do casal fortalecendo a fidelidade.
A terapia alternativa recomenda que haja uma dinâmica ESPECIAL para o momento em que cada um chega a casa, quer juntos ou separados. Neste exemplo, vou narrar como se cada um chegasse, em dias alternados, antes do outro. Isto porque considero que o tempo que o primeiro chegou já lhe permitiu retomar a serenidade, diminuindo a tensão trazida do mundo lá fora. Ok?
O homem chegou em casa antes e deixou o ambiente suave para receber a mulher. Quando ela chega, desgastada e fragilizada pelo mundo, traz o desejo de ser acolhida e cuidada (um pouco na função criança). É neste momento que o ABRAÇO homem mostra o quanto é homem CAPAZ de acolher essa mulher e demonstrar que lhe dá proteção. Já daí ela sente que seu homem É ESTE que é forte para protegê-la do mundo. Contudo não pode ficar aí, necessitando que após o cuidado – banho, massagem, uma bebida, o jantar… – haja a capacidade dele em colocar esta mulher na função mulher, tirando-a da carência infantil do cuidado, pois afinal a vida tem sua realidade externa. Quando ele consegue isso ele transmite a confiança necessária para que ela sinta que esse homem tem a capacidade masculina, o que aumenta o seu sentir-se feminina, com o que, já na cama, ela se entregue para seu homem pois ele de fato o é.
Mudando, a mulher chegou em casa antes e se preparou e preparou um bom ambiente para a chegada do marido. Quando este chega fragilizado e cansado do desgaste do mundo externo, ela o acolhe e cuida dele (um pouco como mâe, um pouco mais como uma mulher atenciosa) já que ele chegou carente de carinho e cuidado – na função criança -. Então há o cuidado – banho, massagem, etc… – Contudo esse homem não pode ficar “criança” e em sendo assim essa mulher LEVANTA a autoestima dele, colocando-o novamente na posição de homem. Por fim, quando ele percebe que o seu masculino está “lá em cima” ele mostra para esta mulher que efetivamente (no ato sexual) é o homem que ela confia e que pode ser o protetor e provedor da família.
Por tudo isso é que a mulher SABE que este é seu MARIDO e segue fiel. E por tudo isso também que o homem SABE que ela é sua MULHER e segue fiel. E assim a FIDELIDADE fica restrita aos dois, como JURARAM e vão construindo passo a passo, dia a dia.
E assim, quando um novo dia se apresenta, ambos estão FORTES novamente para encarar o mundo, confiando em que estão SEGUROS um com o outro pois a FIDELIDADE é a marca do AMOR deste casal.
O fato é que o casal é composto de dois adultos e só nesta condição é que sobreviverão às dificuldades do dia a dia. Por isso é preciso ficar atentos às dinamicas infantis que se apresentam sem que se perceba.
As narrativas são simples a seu modo, contudo profundas quando analisadas com detalhes, especialmente com acompanhamento profissional para ajustar os sistemas anteriores ao casamento, ou seja, verificar a carga emocional (e traumática) trazidas da família de origem.
É como eu digo sempre, a terapia alternativa tem meios adequados para cuidar deste ramo da saúde mental.
