Criança e adulto; e a divisão da pessoa nas fases da vida.

A terapia alternativa, como aquela que busca compreender a pessoa INTEIRA, levando essa a entender a sua função de ser humano no tempo e espaço de sua existência, tem mecanisamos de ajuda.

Há não muito tempo atrás as pessoas eram, simplesmente, consideradas adultas ou crianças – sem querer acrescentar, aqui, que se dividiam entre homens e mulheres. Crianças até a menarca para as meninas, tendo em vista a capacidade para gerar filhos. Já para os meninos havia o marco dos doze anos. Há que se mencionar, ainda que não tinham direitos específicos, estando sujeitas à vontade do pai.

Pode-se dizer que era adequado para aquele momento histórico e que assim a sociedade tinha uma NOÇÃO clara entre o mundo das crianças e o mundo dos adultos. Era simples e funcionava. Brincadeiras de criança, responsabilidade de adulto.

De onde vieram, então, todas essas DIVISÕES que hoje encontramos? Já ouviu falar em “dividir para governar”? Divisão da pessoa de acordo com o tempo de vida; bebê, criança, adolescente, jovem, adulto, idoso (simplificada). E para cada uma delas, olhada individualmente, surgiram muitas opiniões sobre a idade em que ocorre a transição. Incrível. A terapia alternativa faz a divisão em dois momentos, como antigamente, criança e adulto.

É possivel encontrar uma resposta que sirva como reflexão para VOCÊ, sua vida, família, relações pessoais e compreensão disso tudo? Uma análise que se possa fazer é que esta divisão, bem como a DETERMINAÇÃO de que cada uma destas fases é detentora de DIREITOS especiais causaram uma confusão mental e emocional em quase todas as pessoas. Tirando o bebê que tem uma extrema dependência da mãe, a criança e o adolescente tem o seu Estatuto, que muitas das vezes tira a autoridade dos pais. Os jovens, então, a cada dia se dizendo SABEDORES de muitas coisas, afrontanto pais e professores como se donos do mundo fossem. Os adultos não querem que essa “idade” chegue pois preferem continuar jovens, bem como os idosos resistem em aceitar a idade e também DESEJANDO voltar a serem jovens. As filhas se tornam AMIGAS das mães, quando não mães das próprias mães, pois estas não querem a responsabilidade da função materna no DECIDIR, partilhando com elas suas vidas pessoais.

O fato é que a sociedade está sem rumo, buscando respostas nas mídias sociais, alimentadas por outros tantos imaturos SÁBIOS do que é o melhor. Nem vou considerar aqui a intenção maléfica da destruição da família para não parecer um clichê e desestimular a leitura. A infantilização e coisificação das pessoas é o que vem ocorrendo.

Minha pretensão, dentro da terapia alternativa, é que você PENSE em si mesma e POR SI MESMA no quanto é ADULTA (saudável e responsável) de fato e NÃO no QUANTO pensa que é. Difícil conseguir fazer uma autocrítica séria considerando tudo o que consome e VIVE das redes sociais. A palavra chave é RESPONSABILIDADE. É dificil ser ADULTA.