As mídias orientando no lugar dos pais é uma boa educação?

Muitas clientes me perguntam o que está acontecendo com seus filhos, porque elas dão tudo o que eles precisam e pedem. Dão “do bom e do melhor” para que eles fiquem FELIZES. Em especial dão a eles celulares de valores que fogem, as vezes, da capacidade financeira delas, quando se enfiam em infinitas parcelas para satisfazer os desejos deles.

Após isso, PERMITEM que eles fiquem horas e horas diante destes aparelhos vasculhando e colhendo informações sem que saibam do que se trata. Eles sentem-se DONOS do celular e no DIREITO de “escolher” o que e QUEM querer ver e ouvir. Com isso conseguem uma AUTONOMIA diante dos pais, chegando mesmo a DETERMINAR como vão viver e como os pais devem se adptar a eles – e não ao contrário.

Quando tudo isso já está fazendo parte da vida dos filhos a uns bons anos, bate o desespero das mães e pais, para só então procurarem ajuda profissional, como se com um passe de mágica tudo pudesse voltar ao que era antes, pois PERDERAM A AUTORIDADE sobre os filhos e não sabem mais como resolver.

Primeito que o fato de desejarem que os filhos SEJAM FELIZES usando o caminho de dar muitas coisas materiais não vai conseguir esse objetivo pois a felicidade é uma construção do dia a dia do ser humano com os olhos voltados para Deus. Tirando os olhos de Deus e colocando NAS COISAS, não trará felicidade. quando muito prazeres momentâneos, ilusão, decepção e doenças emocionais.

Segundo é que os pais TAMBÉM são “vitimas” dos celulares porque, como os filhos, perdem horas com esses aparelhos, com o que DANDO O EXEMPLO não podem cobrar dos filhos o que eles mesmos não fazem. Enfim, toda a família É REFEM das mídias.

Mas no final de tudo isso, a orientação da mídia é educativa e substitui os pais ou não?

Resposta: É só olhar o que vem acontecendo com os filhos, nos seus muitos modos de ser – e querer ser – nos seus comportamentos, modo de se expressar e a TOTAL FALTA DE RESPEITO com seus pais para compreender que é por meio do celular que estão sendo educados. E o que é mais grave, estão sendo manipulados a seguirem um caminho de desajuste pessoal que leva ao desajuste familiar.

Por outro lado, e exatamente ao contrário, CABE AOS PAIS, entenderem, primeiramente, que fazem parte do problema, para só então encontrarem a solução.É preciso que os pais se encontrem como casal, que a família possa se encontrar com um lar de pessoas que se amam e não que dizem que se amam por terem as coisas que querem.

Todo o processo começa com os pais, na recuperação da hierarquia dentro da casa, desde o pai, a mãe e os filhos, cada qual na sua função considerando a idade de cada um, nas responsabilidades individuais e coletivas dentro da dinâmica da família.

Certamente que não é fácil mediante a velocidade da destruição, contudo é possível diante da perseverança de todos os que compreendem o caminho do bem.