Crianças hiperativas

A terapia alternativa tem por hábito olhar mais especialmente para o doente do que para a doençal. Embora neste caso não seja uma doença, mas um transtorno neurobiológico de causas genéticas, caracterizado por sintomas como falta de atenção, inquietação e impulsividade, podendo aparecer na infância e acompanhar o indivíduo por toda a vida. As características que podem ser observadas comumente são a agitação, inquietação, movimentação pelo ambiente, mexem mãos e pés, mexem em vários objetos, não conseguem ficar quietas (sentadas numa cadeira, por exemplo), falam muito, têm dificuldade de permanecer atentos em atividades longas, repetitivas ou que não lhes sejam interessantes, são facilmente distraídas por estímulos do ambiente ou se distraem com seus próprios pensamentos.

Quando se menciona que a terapia alternativa olha para o doente, e considerando a informação de que há causas genéticas, é porque o tratamento oferecido para o transtorno passa pela análise da infância desta criança, até mesmo do momento em que sua mãe a estava gestando. É importante fazer uma sessão terapêutica com os pais – separadamente – para que se verifique o OLHAR de cada um deles para o período gestacional. Além disso, verificar com eles como se deram os primeiros anos da vida desta criança com relação ao casal e demais membros da família. É importante verificar com a mãe os momentos criticos EMOCIONAIS pelos quais passou na gestação.

Por outro lado é preciso fazer entender que a HIPERATIVIDADE da criança é um MODO dela chamar a atenção para si, ou seja, se fazer notar por aqueles que não a notam – isso no entendimento dela – porque sentiu em algum momento que esteve desprezada por quem devia lhe dar atenção. Uma exemplo disso é de um casal que viveu o tempo da gestação e após o nascimento da criança um longo período de brigas, não se importanto sequer em discutir na presença da criança. Quão traumático não será estar exposta a esta situação?

Outra consideração é uma mãe muito ativa e que não deu TODA a atenção que o bebê esperava receber. Não se trata de julgamento pois a mãe fez o SEU NECESSÁRIO e o SEU MELHOR para a família e em especial para sua criança. Contudo para o bebê houve e ficou como um trauma a sensação de ter sido abandonado, com o que SE TORNA um hierativo para chamar a atenção desta mãe.

Tudo isso é analisado pela terapia alternativa nas suas modalidades de trabalho, recomendando que a família toda, em especial os pais e a criança com o transtorno façam um trabalho integrado, pois não basta trabalhar a criança se os pais não compreenderem o quanto são parte da solução.